ATA do Conselho Regional de Estudantes de Geografia da região Sudeste
São Paulo, 26 e 27 de março de 2011 – USP.
PAUTA
1. Informes;
2. Moradia Estudantil e criminalização dos movimentos sociais;
3. Comissões Estatuto;
4. Certificados EREGEO-2010, Alfenas;
5. Prestação de contas;
6. Eregeo IFF;
7. Comissão de Comunicação;
8. Próximo Conselho;
Apresentação e discussão da pauta
Leitura da crônica “Memórias de um Geógrafo Peralta” de Manoel Fernandes, mostrando, a partir de sua experiência como estudante e professor a importância da Geografia e sua relação com a educação de qualidade e a atuação no movimento estudantil.
1. INFORMES;
1.1 UFES
Sobre obre o encontro, compartilhando tristezas (problemas de infra estrutura) e felicidades (alimentação- parceria com o MPA;
A autogestão e a escola sede com pouca participação, acarretando correria nos últimos momentos (espaços para o camping)
A organização, o profundo está sendo vista;
Discussão sobre a Auto Gestão.
Vagas para estudante no departamento para discussão sobre o curso e não
Comparecimento neste espaço importante.
A importância de a alimentação do ENEG ter sido fornecida pelo MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), já que se estreita a relação com os movimentos sociais durante o encontro e aprimora a qualidade da alimentação,
evidenciando nossa concepção de encontro, que visa à construção interventiva junto aos movimentos existentes na sociedade.
Os problemas com o trabalho de campo (relação reitoria x departamento e $)
Custeio do transporte.
A UFES gestiona o Projeto Universidade para Todos, um cursinho popular de bom nível e alto índice de aprovações. Porém, não conseguiram até o momento nenhuma parceira com as Prefeituras. As aulas já irão iniciar, diminuindo o tempo para essa necessitária parceira e impedindo o processo de admissão dos interessados.
1.2 UNICAMP
O pessoal que agilizou o EREGEO em 2009 não está mais no Centro Acadêmico. Eles desapareceram da atuação no ME.
A atual gestão do CACT (centro acadêmico ciências da terra) esta dando seguimento em na sequência e assim pensando na próxima Semana de Geografia. Porém ainda estão iniciando a atuação no ME.
A moradia da UNICAMP estava ocupada a cerca de 21 dias, na última sexta, 25\03 aconteceu à reintegração de posse com presença da PM, helicóptero e ambulância. Na década de 80 o movimento estudantil conseguiu moradia estudantil no campus, no entanto, o aumento do número de alunos não correspondeu ao aumento de vagas na moradia estudantil. A grande falta de políticas de permanência estudantil acabou culminando ocupação da administração. Foi encaminhada pelo reitor uma negociação com a polícia, abrindo um processo de reintegração de posse.
1.3 USP
◦ A USP iria disponibilizar dois ônibus para o ENEG, porém por falta de estudantes interessados só pudemos locar um. A PUC iria com um segundo fazendo uma parada em Guarapari, este ônibus também não encheu. Tivemos a idéia de encher os dois ônibus em um único que iria direto pra Vitória e ao que parecem, pessoas de outras universidades haviam pagado pra Camila da PUC. A demanda de pessoas superou um único ônibus, sobrando cerca de 12 pessoas sem vaga. Em reunião, o CEGE decidiu que as pessoas da UNICAMP e da UNESP iriam com a USP, tendo o pessoal da UNICAMP decidindo não ir um dia antes da viagem. Portanto o problema com o ônibus da PUC/USP não passou de um problema de comunicação.
Relato da luta por moradia estudantil. Ocupação do prédio da coordenadoria de assistência social da USP. Estudantes que estão participando da ocupação estão sendo criminalizados. Não conseguem bolsas apoio na universidade. A pauta é contra a gestão autoritária da coordenadoria de assistência social, que não está aberta ao diálogo com os estudantes. Busca-se uma abertura democrática junto aos estudantes do processo de seleção ao apoio à permanência estudantil.
Luta contra o aumento da tarifa. Já foram realizados 10 atos contra o aumento da tarifa (ônibus de R$2,70 para R$3,00 e metrô de R$2,65 para R$2,90), já faz dois meses de luta e a negociação ainda não foi aberta. A repressão policial foi extremamente violenta. Kauê faz relato de estudante espancado pela PM e Guarda Civil Metropolitana. Há uma frente de luta contra o aumento, onde várias correntes, partidos, organizações e movimentos estão participando junto ao MPL São Paulo. A Frente entrou com um recurso que obriga o prefeito Gilberto Kassab a explicar o porquê do aumento para a população. Há também um projeto do MPL para uma discussão mais ampla sobre gestão do transporte público, a fim de construir um transporte popular, nos moldes do projeto de “tarifa zero”.
Fedel faz uma intervenção para dar informes sobre o ELAOPA (Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas). Explica o que é o encontro. Fala do eixo principal, que foi sobre o Plano IIRSA (Integração Regional Sul-Americano). Aponta a possibilidade de discutirmos dentro dos conselhos e encontros as intervenções desse plano no território brasileiro (grandes projetos capitalistas, Ex: Belo Monte).
1.4 IFF-Campos
DCE – houve um ano sem Gestão.
Logo depois novas pessoas encarregaram-se de uma nova assembleia, visitando os campi da universidade, tentando articular, uma chapa.
Foi criada uma chapa com apoiadores sem nenhum vinculo acadêmico.
O Centro acadêmico de Geografia esta sendo uma entidade de referencia para cursos sem articulação.
O IFF conseguiu um ônibus via universidade para o Eneg vitória, foi com menos de 20 pessoas, porém foram partitivas no espaço proposto
O Centro acadêmico esta com diversas propostas, como o Geo Cine, o Geo Trilhas, o “IFF nas escolas” para expandir os laços da universidade e as escolas. Foi observado que muitos alunos destas escolas tinham um sentimento “não vou conseguir ingressar, é difícil” que motivou ainda mais os alunos do IFF.
Geo na rua, esta sendo pensado
A Falta de professores motivo de discussões como laboratórios, extensão e pesquisa, ou seja, professores com maior carga horária, pegando outras disciplinas que não sejam de sua especialização. Havendo também professores 'tapa buraco'.
O centro acadêmico esta com muitas atividades, apoiando e participando em vários projetos dentro e fora da instituição como Fórum estadual em defesa da educação pública, educação do campo, MST.
Promessas de laboratórios e salas para a geo num bloco que ainda começará ser construído.
Denis da um panorama da questão Campus centro e Reitoria, havendo um embate político entre a direção do campus centro e reitoria.
A Calourada foi muito positiva, havendo espaços para discussão do M.E. ; a Geografia; movimentos Sociais e trabalhos de campo
Dentre estes trabalhos de campo, em especial o feito em Teresópolis teve fundamental importância para crescimento dos calouros com a ciência geográfica e a realidade do povo que vivenciou tal evento.
Apoio da EREG – encaminhamento para AGB de ajuda voluntária a região serrana.
Contradição entre Cruz Vermelha e a Prefeitura da cidade de Teresópolis
Muita coisa estocada, como cestas básicas e roupas
Esta sendo criado um documentário sobre o que os estudantes presenciaram.
Há uma proposta de Seção local AGB Campos, com as escolas UFF e IFF
Participação dos estudantes do Fórum de educação estadual
Proposta de inserir os assentados em uma feira agroecologica
Há um novo blog: www.cageoiffcampos.blogspot.com
Não temos sala para o movimento estudantil,
Assembleia dos bolsistas, levantada pela geografia estavam sem receber mais um mês. Se não receberem até o dia 10 os bolsistas pararão.
1.5 PUC–SP
O ano de 2010 foi repleto de repercussões devido à retomada do movimento estudantil na PUC-SP como um todo. A Campanha pela Redução das Mensalidades culminou em uma ocupação a Reitoria, visto o esgotamento de todos os meios de negociação com a Fundação São Paulo (Igreja, responsáveis pela Universidade); As conquistas não foram imensas, mas foi o início do fortalecimento do movimento; O aumento das mensalidades foi reduzido, assim como o bandejão, além de novas bolsas institucionais e retomada da Brinquedoteca.
Na Geografia não foi diferente enquanto a articulação. Apenas deste início de ano não termos o mesmo quadro, é fato de como nosso curso ainda tem possibilidades de mobilização.
Quanto ao ENEG, a PUC-SP não teve condições de fechar um ônibus. Um dos principais motivos foi à data que não permitiu os estudantes irem, por conta que grande maioria trabalha. Os desenrolares deste assunto, que envolve inclusive outras Universidades, estão sendo resolvidos.
O curso sofre junto aos demais perante a maximização da maximização dos professores, política da Universidade na contenção dos gastos devido à imensa dívida e abertura ao processo de mercantilização. É um fator que empobrece a produção científica, as aulas preparadas e a possibilidade de inovação dentro dos cursos. Além disso, o curso que vem sofrendo com um numero de vagas maior do que de candidatos, não representa déficit para universidade, por conta dos professores(as) mais antigos (salários maiores) estarem saindo.
Os calouros parecem estar dispostos a fazer parte das atividades estudantis. Iniciamos a calourada com uma aula trote e reunião discente para apresentar o movimento de área. Já estamos pensando em socialização de todos os estudantes de Geografia por meio de eventos culturais.
2. Moradia Estudantil e criminalização dos movimentos sociais;
Podemos sugerir para o CONEGEO para que esse tema se encaixe na Semana Nacional de Lutas da Geografia.
Alguns pontos foram levantados para pensarmos para o próximo COREGEO: permanência e vivência, discussão sobre público e privado, jubilamento, criminalização sobre os movimentos sociais e possíveis atuações.
Possibilidades de atuações: cartilha, moção, debates...
2.1 Encaminhamentos
Fazermos a discussão dentro das Escolas sobre a “Permanência, Vivência e Resistências” e trazer o acúmulo no próximo Conselho, afinal é uma pauta permanente do COREGEO.
3. COMISSÃO DE ESTATUTO;
Foi rememorada a Plenária do último encontro o a ata do último COREGEO sobre este ponto. Além disso, lemos o antigo estatuto (1996) trazido pela PUC-SP.
O COREGEO-SE depois de uma longa discussão não teve entendimento claro se as comissões citadas na ata da plenária final do último EREGEO-2010 (Alfenas) são para criar estatuto e/ou para organizar o encontro (o que seria o mesmo que instaurar uma gestão executiva provisória)?
Devido às inúmeras dúvidas sobre o caráter dessas comissões e qual seria de fato a viabilidade dessas se realizarem, lembrando que até agora nenhuma Escola/estudante se manifestou neste ponto, não conseguimos dar continuidade a este ponto.
Pedimos esclarecimentos no próximo COREGEO.
4. Certificados EREGEO-2010, Alfenas.
Entrega dos certificados para cada Universidade presente; Os alunos com problemas no certificado devem procurar diretamente os alunos da Unifal, de maneira alguma a Universidade, devido os possíveis problemas com os estudantes de Geografia que essa comunicação daria. Em relação à distribuição dos certificados:
Todas as universidades do Rio de Janeiro ficaram com o IFF-Campos;
O CEGE ficou com a da USP;
Unicamp entregue;
PUC-SP entregue;
BH, São Carlos se mantêm com a Unifal.
Contato com a Unifal: Lecão 35 - 8816 4900 (Oi) / 35 - 9125 7494 (Tim)
5. PRESTAÇÃO DE CONTAS
A planilha detalhada será encaminhada pela Unifal na lista;
O CEGE-USP está com a cópia das notas;
R$ 19.900 de Entrada
R$ 12.626,98 de Saída
R$ 7.263 em caixa
Pendências:
1. Custeamento da vinda da Unifal para este Conselho;
2. Boletim de Ocorrência em uma das festas no DCE da Unifal;
5.1. Encaminhamentos
Repassa do dinheiro será feito posteriormente visto que não há demandas da Escola-Sede, que também ainda não organizou a relação financeira. O dinheiro está em um conta do Lecão (Unifal). No próximo Conselho será avaliado seu encaminhamento.
6. EREGEO-IFF Campos
6.1.Estrutura
Depois da escolha da Escola-Sede, o Centro Acadêmico fez várias reuniões, inclusive com as outras instâncias da Universidade para elencar as demandas e as possíveis dificuldades.
As festas serão feitas fora no campus, já que a Universidade traria problemas;
O barramento pela Universidade quanto às bebidas alcoólicas já foi sinalizado; O uso de drogas não foi explicitado; Por conta disso, os seguranças da Universidade ficarão responsáveis pela estrutura\patrimônio e os organizadores do Encontro que se responsabilizariam com as demais demandas;
As solicitações para a Universidade, em sua grande maioria com quase garantia de aceitação: liberação do auditório; Ginásio de Esportes para o InterGEO (Banheiros e
sanitários em abundância); Sala de Espelhos (para possíveis GT's); Alojamento da Universidade (pequeno, com algumas camas – poderia receber os que viriam antes do Encontro para ajudar); Quadras cobertas (Único alojamento, grande, com necessidade de barraca. As salas de aula foram vetadas pois as quadras são grandes e as salas possuem estrutura frágil – O estacionamento será usado para extensão); Cozinha e refeitório; Produtos de Limpeza; Materiais para o KIT de Participante (crachá, pasta, etc.); Espaço Linhares (Credenciamento e Sala de Apoio, com dois computadores com internet); Um carro disponível para possíveis demandas; cinco a sete ônibus para Trabalhos de Campo; Liberação de Palco e Som para confraternizações; Internet via Wi-Fi; Rádios;
Haverá mudança de Reitoria e por isso a agilização para concretização das solicitações. Por enquanto não aparenta haver possíveis conflitos.
6.1.2. Encaminhamentos em relação à Estrutura:
Fica consenso no Conselho a aceitação da ajuda da Universidade, visto que ela não exigiu nada mesmo com a concessão de espaços e materiais, permitindo nossa autonomia de construção;
6.2. Data
12 á 15 de novembro – mesma data do SINGA e possivelmente o Fala Professor; A data precisa ser decidida em breve, pois o IFF há vários eventos simultâneos, inclusive vestibulares.
6.2.1. Encaminhamentos em relação à data
Devido à existência de eventos em momentos bastante próximos, a EREG mantém a data (12 a 15 de novembro) e irá articular com a DEN que o Fala Professor fique no outro feriado de novembro (do dia 02) – envio de e-mail para DEN e Seção Local de Juiz Fora (Felipe da USP) e a articulação com os estudantes de Juiz de Fora para que eles pautem nossa necessidade na RGB Extraordinária em maio;
6.3. O Encontro em si;
Material para o Encontro que abordasse o histórico da própria Regional Sudeste com experiências de estudantes e inclusive usar esta mesma discussão como instrumento para debate estatutário.
Por mais que o Encontro seja estatutário há outras demandas que não podem ser secundarizadas. Aliás, é preciso perceber que o Estatuto não é uma atividade isolada, que para sua concretização, é preciso que haja discussões políticas. Nesse sentido, o IFF propõe a tematização: “Movimentos Sociais e Educação: o papel da Geografia na sociedade”.
O tema deve ser reflexo do acúmulo das discussões em sua preparação (nos Conselhos) e da própria demanda da Escola-Sede; Precisamos discutir inclusive a desmotivação\desarticulação dos estudantes;
Leitura do texto “Pequena História do EREGEO e sua importância política”; (Bruna do CEGE-USP irá disponibilizá-lo na lista);
Leitura de uma Proposta de Estatuto e de um Estatuto aprovado em out/1994 que estava nos arquivos do CEGE-USP;
Trabalho de Campo – importância, envolvimento com o tema; Em torno de cinco possíveis, vistos pela Escola-Sede: Atafona, Lagoa de cima; Imbé; Quissamañ; Ubano na cidade de Campos;
Fazer um trabalho com o Casarão – ocupação do Movimento Estudantil do Norte Fluminense (MENF);
6.3.1 Encaminhamentos
▪ Levar a ideia de tema (“Movimentos Sociais e Educação: o papel da Geografia na sociedade”) para as escolas e discuti-la, de maneira a agregar novas ideias, até mesmo contrárias e levantar sugestões de como abordar esse tema em atividades;
▪ Resgatar nas escolas o histórico do movimento de área, para não perdermos o que já foi construído e servir de instrumento de discussão da Regional Sudeste; (inclusive do material proposto para o Encontro com entrevistas de estudantes que abordassem o histórico da Regional);
▪ Pauta para próximo Conselho: discussão de concepções de Encontro. (Inclusive, pautá-la nas escolas).
7. CARTA DA COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO
Problemas com o domínio geografia.org, com falta de pagamentos e principalmente do aproveitamento de espaço. A partir disso, houve na CONEEG a discussão mais ampla de comunicação – culminou em um texto (Será disponibilizado na lista). Foi deliberado que os Conselhos Regionais trabalhassem essa pauta, para dialogar os espaços regionais com o nacional e não tornar-se uma comissão tarefeira. No Conselho Regional Sudeste no ENEG foi deliberado que não tiraríamos nomes para essa discussão proposta pela CONEEG (pessoas para compor a Comissão de Comunicação da CONEEG). Isso seria discutido nas escolas e depois no próximo Conselho Regional (este);
7.1. Encaminhamentos
Não temos comissões, inclusive de comunicação, pois estamos no processo de discussão sobre estas, mas que há pessoas interessadas de acompanhar a Comissão na Nacional. Aqui presentes: Flecha (PUC-SP) e Felipe (USP – felipe.morais.nogueira@gmail.com). Os que não estão presentes neste Conselho Regional devem se manifestar no Conselho Nacional (até mesmo pela lista de email);
8. Próximo COREGEO-SE
Em maio, em Alfenas (Unifal) Minas Gerais;
A Unifal irá pela lista concretizar a data;
8.1. Pautas para próximo Conselho;
Informes;
Moradia Estudantil e criminalização dos movimentos sociais.
◦ Acúmulos das escolas sobre “permanência, vivência e resistências”
Concepções de Encontro;
Comissões e Estatuto;
EREGEO-IFF
◦ Informes;
◦ Discussão do possível tema “Movimentos Sociais e Educação: o papel da (o) geógrafa (o) na sociedade”;
◦ Meios de articulação, inclusive site do Encontro;
Próximo Conselho;
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